Do governo pastoral à governamentalidade: crítica da razão política em Michel Foucault

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ISSN: 2175-1811
Editor Chefe: Amaro de Oliveira Fleck
Início Publicação: 30/06/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Do governo pastoral à governamentalidade: crítica da razão política em Michel Foucault

Ano: 2010 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Rone Eleandro Santos
Autor Correspondente: Rone Eleandro Santos | peri.filosofia@gmail.com

Palavras-chave: governo, poder pastoral, crítica da razão política, estado de polícia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com o presente artigo pretendemos demonstrar as questões levantadas por Michel
Foucault sobre a temática do governo no curso “Securité, Territoire, Population”
proferido no Collège de France em 1977-1978. Veremos como para este filósofo
governar não significa agir de forma a tornar o Estado uma entidade soberana e
centralizada, mas é antes uma espécie de “pastoral” que, usando uma variedade de
técnicas de controle, visa dirigir, sustentar e conhecer a fundo “todos e cada um” dos
indivíduos. O “governo pastoral” é fruto da aproximação foucaultiana entre o pastorado
cristão e uma nova maneira de governar surgida entre os séculos XVII e XVIII e
denominada através de neologismo “governamentalidade”, onde o domínio de ação é
calculado graças a uma série de instrumentos que compõem a nascente tecnologia de
governo chamada polícia.