O objetivo do artigo é discutir a organização das campanhas municipais, desde o processo de seleção de líderes e do diálogo entre diretórios às estratégias de comunicação. Para isso, selecionamos as campanhas de PDT e PSDB em 2016 de Botucatu, cidade do interior de São Paulo. Examinamos a dinâmica financeira e realizamos entrevistas com os líderes partidários. Os dados foram discutidos à luz do conceito de profissionalização das campanhas eleitorais, que pauta também as nossas hipóteses. Concluímos que esse processo ocorre de forma desigual, a depender do aporte financeiro, que os partidos mesclam práticas modernas e tradicionais devido à limitação de recursos. Também concluímos que os líderes concentram poder decisório em todas as fases do pleito, da definição de candidatos às estratégias.