Estima-se que cerca de 3 milhões de indivíduos utilizem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua. Apesar de oficialmente reconhecida em 2002 e definida como a língua a ser utilizada na educação de surdos, a Libras é insuficiente para cobrir certos aspectos mais aprofundados de diversas áreas do conhecimento. Esse problema se torna mais premente com o estudante surdo tendo um acesso maior ao ensino superior, considerando-se que a linguagem utilizada passa a envolver termos técnicos específicos cada vez mais especializados. Línguas orais e línguas de sinais apropriam-se de empréstimos linguísticos. Focamos na necessidade de expan-dir o léxico científico em Libras e na possibilida-de de utilizar como estratégia adicional ao de-senvolvimento de glossários técnicos/científicos a adoção de empréstimos linguísticos de outras línguas de sinais, particularizando neste estudo a Língua Britânica de Sinais (BSL).
It is estimated that around 3,million individuals use the Brazilian Sign Language (Li-bras) as their first language. Although officially recog-nized in 2002 and defined as the language to be used in the education of the deaf, Libras is insufficient to cov-er certain deeper aspects of various areas of knowledge. This problem becomes more pressing with deaf students having greater access to higher education, consider-ing that the language used involves specific technical terms that are increasingly specialized. Loanwords are found in both oral and sign languages. The present work focus on the need to expand the scientific lexicon in Libras and on the possibility of us-ing linguistic loans of other sign languages, particularly British Sign Language (BSL), as an additional strategy for the development of techni-cal/scientific glossaries.