A EMPREGABILIDADE COMO ESTRATÉGIA DO CAPITAL PARA A PULVERIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

Aurora (UNESP. Marília)

Endereço:
Av. Hygino Muzzi Filho, 737 Bairro: Mirante CEP: 17.525-000 - Marília, SP - Mirante
Marília / SP
17525-000
Site: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/index
Telefone: (14) 3402-1300
ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A EMPREGABILIDADE COMO ESTRATÉGIA DO CAPITAL PARA A PULVERIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

Ano: 2010 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: ÁUREA DE CARVALHO COSTA
Autor Correspondente: COSTA, A. C. | aurora.revista@gmail.com

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta reflexão resulta de nossa pesquisa sobre a política de educação profissional de nível básico, modalidade não formal para trabalhadores pobres, financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, no período de 2001 a 2005. Tem por objetivo analisar a empregabilidade enquanto estratégia do capital para a pulverização da classe trabalhadora, expressão do aprofundamento da polarização das qualificações, que impõe perfis de trabalhador que mudam, de acordo com as vicissitudes do mercado de trabalho. Aparentemente, existe uma contradição em que a noção de empregabilidade pode ser entendida como um instrumento de valorização dos conhecimentos do trabalhador, certificados no capitalismo, que sobrevive da elevação dos níveis de exploração. Interrogamo-nos se a empregabilidade é uma noção que contribui à valorização do trabalho ou um recurso de destituição do valor do trabalho e, consequentemente, de intensificação da exploração da mais-valia, e quais são as consequências da empregabilidade sobre o processo de pulverização da classe trabalhadora pelo capital. A hipótese é a de que a empregabilidade é uma noção construída na nova organização do trabalho toyotista, embora desde sempre o capital estabelece perfis de trabalhador a ser definidos como critério de recrutamento e seleção, e que tem servido a ratificar o argumento liberal da responsabilização do próprio trabalhador pelo desemprego, mas que, na verdade, se deve às oscilações do mercado.