A colegialidade episcopal constitui um dos mais importantes temas eclesiológicos do ConcÃlio Vaticano II. Com o intuito de fazer contrapeso ao ensinamento do ConcÃlio Vaticano I sobre o ministério petrino, os Padres conciliares, no Vaticano II, acentuaram o valor no episcopado e explicitaram a forma colegial como aquela própria do governo eclesiástico. É de se lamentar, contudo, que os caminhos abertos pelo Vaticano II em termos de colegialidade episcopal não tenham sido ainda trilhados, o que traria frutos para a vida eclesial como um todo, e para o progresso do ecumenismo em particular. Já passados quarenta anos da conclusão do Vaticano II, as Conferências Episcopais não gozam da autonomia que mereceriam enquanto lugar natural de se praticar a colegialidade, e o SÃnodo dos Bispos, por seu turno, não se tem mostrado como instrumento apto a promover uma maior comunhão entre os prelados e, conseqüentemente, entre as Igrejas locais.