Este texto pretende discutir as representações de tecnologia sugeridas no livro Era Espacial da poeta paranaense Helena Kolody, publicado em 1966. Procurou-se compreender sua crÃtica à tecnologia e ao processo de racionalização técnica das relações humanas, especialmente no decorrer da década de 60. Demonstraremos que esta crÃtica é expressão de uma romântica resistência ao desencantamento do mundo trazido pelo capitalismo. Apresentaremos algumas possibilidades de interpretação sobre as representações de tecnologia e da matéria na poesia de Helena Kolody, uma temática que, talvez, seja secundária em sua obra, porém, capaz de trazer novas formas de compreensão para as relações entre literatura e história, materialidade sÃgnica e materialidade histórica.