O artigo investiga as origens do grupo Escola da Mata Atlântica (EMA), que desenvolve atividades em educação, cultura popular e agroecologia no distrito rural de Aldeia Velha, municÃpio fluminense de Silva Jardim, desde 2006. A formação do grupo funcionou como uma possibilidade de trabalho no campo para jovens de diferentes formações acadêmicas, contribuindo para um processo de êxodo urbano, que por sua vez traz questões para o debate sobre os neo-rurais. O texto se concentra no histórico de criação do grupo, apresentando as percepções e motivações dos jovens que participam – e participaram – do projeto, e também nos pressupostos teóricos que embasaram seu trabalho, com destaque para o diálogo de saberes. Nesta perspectiva, a pesquisa demonstra as potencialidades e fragilidades do grupo, que procura fortalecer sua autonomia em um cenário de poucas oportunidades de recursos para pequenos coletivos, sobretudo na área rural e formado por jovens. Foi utilizado o estudo de caso como metodologia de pesquisa, sobretudo as ferramentas da observação direta e das entrevistas com os membros, além de uma revisão bibliográfica sobre os temas tratados.