Este artigo tem por objetivo desenvolver uma análise crítica acerca da exclusão social em Vidas secas, de Graciliano Ramos. Diante disso, enfocamos um recorte específico, a saber: qual a representatividade desse romance enquanto um dos pontos mais elevados do que se convencionou chamar de segunda geração modernista. Por sua vez, buscamos relacionar o contexto social do Nordeste brasileiro, marcado pela escassez de bens, em decorrência de longas estiagens, com a economia lexical que resulta em exemplo claro da concisão do que nesta obra se configura como seu elemento de maior significado. Por esse meio, há que se refletir: acerca do aproveitamento das conquistas estéticas do Modernismo que amadurecem; acerca de uma narrativa que passa a questionar o lugar do homem no âmbito de uma sociedade que busca superar a situação de atraso secular servindo-se na literatura como tema social e tomada de consciência crítica acerca do dilema brasileiro.
This article aims to develop a critical analysis of the social exclusion in Vidas secas, by Graciliano Ramos. In this vein, we specifically focus on the representativeness of the novel as one of the best examples of what we conventionally call the second modernism generation. In turn, we seek to relate the social context of the Brazilian Northeast, marked by the scarcity of goods, due to long droughts, with the lexical economy that results in a clear example of the conciseness of what is configured as the novel’s element of greatest significance. Thus, we must reflect on the use of the aesthetic achievements of Modernism that have matured, and on a narrative that begins to question the place of man within a society that seeks to overcome the secular backwardness, using literature as a social theme and critical awareness about the Brazilian dilemma.