Estudo sobre o modo como o cinema brasileiro pós- retomada vem construindo, a partir de novas formas estéticas, os espaços periféricos da sociedade. Busca-se evidenciar como uma parcela da produção nacional recente tem articulado os espaços de exclusão sociais, valendo-se de uma linguagem que privilegia o banal e os pormenores do cotidiano. Toma-se como objeto o filme Avenida BrasÃlia Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) para mostrar como sua narrativa constrói, no espaço fÃlmico, a região pobre do Recife. Breve retrospecto de como a “fisionomia do outro†foi articulada pelo cinema nacional nas últimas décadas. O pressuposto é: flagrar a alteridade já faz parte da tradição do cinema nacional, tendo em vista sua trajetória – nos últimos 50 anos – de focalizar as diferenças e contradições sociais.