Estabilidade das concentrações de cloretos para teste do suor, em amostras armazenada

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Estabilidade das concentrações de cloretos para teste do suor, em amostras armazenada

Ano: 2023 | Volume: 60 | Número: Especial
Autores: Flavia Bassaroto Fenali, Aline Gonçalves, José da Silva Nogueira Júnior, Alexandra Markevich, Carla Cristina Souza Gomez, Elizete Aparecida Lomazi, Maria de Fátima Servidoni, Gabriel Hessel, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro
Autor Correspondente: Flavia Bassaroto Fenali | rbm@ambr.org.br

Palavras-chave: fibrose cística, teste do suor, macroduct

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: Desde a publicação por Gibson Cooke, 1959, a dosagem de cloro no suor transformou-se no padrão ouro para o diagnóstico laboratorial da FC. O teste consta de 4 etapas: Estimulação elétrica da sudorese com pilocarpina, Coleta do suor com gaze, papel de filtro, ou em tubos Macroduct, Quantificação de suor obtido, Dosagem da concentração dos íons cloretos (Colorimetria, Coulometria ou Eletrodo Ion Seletivo - ISE). O suor pode ser coletado em locais remotos e transportado para o laboratório de referência desde que haja atenção aos detalhes de armazenamento. Até a análise, conforme recomendações dos distribuidores de insumos e da maioria dos guidelines, as alíquotas de suor devem ser mantidas a 4ºC, por no máximo três dias, em recipientes de tamanhos adequados, que não permitam vazamento ou evaporação.

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi medir a estabilidade das concentrações de cloretos em amostras de suor coletadas por macroduct, armazenadas em temperatura – 20ºC, por períodos de até 147 dias após a coleta.

METODOLOGIA: Foram colhidas amostras de suor de 194 pacientes encaminhados para realização do TS no ano de 2019. As alíquotas foram armazenadas em tubos cônicos com capacidade de 250 microlitros. Os intervalos entre as análises foram de menos de 4 semanas, de 4 a 8 semanas, de 8 a 12 semanas e mais de 12 semanas. A dosagem de cloretos nas alíquotas armazenadas, cujo volume atendia as especificações padronizadas, foi realizada em 3 tempos (T0, T1 e T2) por amostra, a primeira em até 72 horas da coleta e as demais em um intervalo maior do que o recomendado pelos fabricantes.

RESULTADOS: 121 alíquotas relativas a 56 de pacientes do sexo feminino e 65 masculinos com idade média de 6 anos e 3 meses, puderam ser analisadas nos 3 tempos. Em 21 delas, as concentrações de Cloretos foram maiores que 60mMol/l, três com concentrações entre 30 e 59mM/l e em 97 delas, menores que 30mM/l. Os valores da testagem inicial (T0) e das testagens subsequentes (T1 e T2) foram comparados por testes de Wilcoxon, a fim de verificar se as diferenças eram significativas. Os valores de p não indicaram diferenças significativas e nenhuma das análises modificou o status do diagnóstico: FC, não FC e inconclusivo.

CONCLUSÃO: As concentrações de Cloretos no suor se mantiveram estáveis nas alíquotas armazenadas nas condições do estudo.