O presente artigo tem como objetivo analisar os efeitos das políticas públicas voltadas à seca no Semiárido Nordestino. A metodologia utilizada neste trabalho é de natureza bibliográfica, fazendo uso de uma literatura que verse sobre os temas de políticas públicas, semiárido, desertificação e história das secas. A área de estudo é o Semiárido Nordestino. Quanto ao recorte temporal, trabalhar-se-á na análise historiográfica dos eventos da seca desde o século XVI, com foco especial para a mais recente ocorrida nos anos 2010, tendo como pano de fundo as políticas norteadas a este fenômeno. A ideia é analisar as políticas implementadas na região focadas na atuação contra a seca desde as primeiras incursões ligadas a este evento natural. Em síntese, observou-se uma miríade de políticas que atuaram com soluções tecnológicas descontextualizadas, sem preocupação com o desenvolvimento econômico local e regional, além da desprovida atenção aos saberes e práticas locais. Também observou-se um caráter reativo das políticas aqui destacadas, o que pode comprometer o desenvolvimento regional já que a literatura destaca a relevância das políticas proativas. Destarte, propõe-se um arquétipo que norteie o desenvolvimento sustentável da região, desmistificando as problemáticas e as tentativas frustradas de combate à seca e seus efeitos, levando em consideração outras variáveis além da realidade do Semiárido Nordestino