ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO DA ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DE Sedum dendroideum

Intellectus Revista Acadêmica Digital

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ISSN: 16798902
Editor Chefe: Prof.ª Dr.ª Ana Maria Girotti Sperandio
Início Publicação: 20/10/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO DA ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DE Sedum dendroideum

Ano: 2016 | Volume: 33 | Número: Especial
Autores: GASPI, Fernanda de Oliveira de Gaspari de TANAKA, Emília Emiko CAPELLARI JR., Lindolpho MONTEIRO, Karin Maia CARVALHO, João Ernesto de
Autor Correspondente: GASPI, Fernanda de Oliveira de Gaspari de | resumofitoterapia@gmail.com

Palavras-chave: Bálsamo, Planta Medicinal, Úlcera

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Sedum dendroideum Moc. et Sessé ex DC. (Crassulaceae), conhecida como “bálsamo”, caracteriza-se por plantas suculentas, até 1m alt., folhas alternas, simples, recurvadas, 1-5cm compr. e 1-2cm larg. e flores amarelas. Originária do México em áreas semidesérticas com clima tropical seco. No Brasil, as folhas frescas são utilizadas no tratamento de úlceras gastrointestinais, devido às suas ações emoliente e cicatrizante. Estudos evidenciaram que o extrato aquoso proporcionava uma proteção contra úlceras gástricas em ratos e atividades antiinflamatória e antinociceptiva. O objetivo desse trabalho foi avaliar o uso popular e sua atividade antiulcerogênica, por método de úlcera induzida por etanol, através do extrato hidroalcóolico (EH) do sumo foliar. Os animais foram separados em 8 grupos de 5 e cada grupo recebeu, por via oral, a solução salina 0,9% (10ml/kg) como controle negativo, carbenoxolona (200mg/kg), como controle positivo e o EH nas doses de 100, 300 e 1000mg/kg. Após 60 minutos foi administrada oralmente 1ml de etanol absoluto, os animais foram sacrificados 60 minutos depois e seus estômagos foram retirados para avaliação e cálculo do índice de lesões ulcerativas (ILU), para cada animal. Os resultados foram submetidos à análise de variância de uma única via (ANOVA), p<0,05, seguida do Teste de Duncan. O EH administrado por via oral nas doses de 100, 300 e 1000mg/kg apresentou atividade antiulcerogênica, com uma inibição de 15%, 55% e 88%, respectivamente, enquanto que carbenoxolona, administrada pela mesma via, na dose de 200mg/kg, utilizada como controle positivo, reduziu o ILU em 90%. A formação de lesões ulcerativas teve um decréscimo significativo na dose de 1000mg/kg do EH, sendo esta atividade semelhante à da carbenoxolona. Os resultados indicam que as substâncias químicas presentes no EH possuem potencial no tratamento de úlceras pépticas, concluindo-se que o uso etnofarmacológico desta espécie possui fundamento e que novas pesquisas deverão ser realizadas para detalhar o mecanismo da ação de tais substâncias.