O presente texto tem como ponto de partida a afirmação da relevância da
autoconsciência no processo de elucidação da natureza do fenômeno estético. Nesse
aspecto, maximizamos a experiência estética como a experiência nodal no contexto
abrangente das diferentes experiências apresentadas e desenvolvidas na Fenomenologia
do espÃrito, de Hegel. Para perfazer esse itinerário recorremos aos empréstimos da
reflexão desenvolvida na grande Estética de G. Lukács, que destaca a primazia da
autoconsciência na formulação de uma estética objetiva. O desvelar da estrutura do
movimento duplicado da autoconsciência serve como ponto de inflexão para a
compreensão do desenvolvimento pedagógico representado nas personagens
constituintes do romance de formação (Bildungsroman) de Goethe, Os anos de
aprendizagem de Wilhelm Meister.