O hospital psiquiátrico Colônia de Barbacena foi uma instituição brasileira, que ficou conhecida pelo tratamento desumano que oferecia e pelo descaso e negligencia com o cumprimento das mÃnimas condições de vida dos internos. Eram enviadas, além dos sujeitos considerados loucos, pessoas que não tinham qualquer tipo de transtorno mental, mas encaminhadas por não estarem de acordo com a normalidade social vigente. No presente trabalho, temos como objetivo realizar uma abordagem sobre o modo de internamento e tratamento da vida do considerado “louco†na instituição Colônia, amparados na crÃtica foucaultiana acerca da loucura enquanto construção social e da psiquiatria como instituição que se constituiu, através de suas práticas discursivas, portadora do saber legÃtimo sobre a loucura, produzindo assim um discurso de verdade sobre a (a)normalidade dos sujeitos. Como considerações finais, ressalta-se a importância do desenvolvimento de atividades crÃticas diante dos discursos instituÃdos, não apenas com aqueles que predominam dentro das instituições, mas também nas práticas cotidianas, agindo enquanto resistências nas tramas discursivas, principalmente no plano geral das relações no cotidiano, para que o que aconteceu em Barbacena não ocorra novamente.