Fabulações da diáspora: análise de possíveis diálogos entre o romance “Os estandartes” (1995), de Aline França, e a HQ “Black Panther: who is the Black Panther?” (2014) do roteirista Reginald Hudlin e desenhista John Romita Jr.

BABEL: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras

Endereço:
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Alagoinhas / BA
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Telefone: (75) 3422-2321
ISSN: 2238-5754
Editor Chefe: Marcos Antonio Maia Vilela
Início Publicação: 01/12/2011
Periodicidade: Semestral

Fabulações da diáspora: análise de possíveis diálogos entre o romance “Os estandartes” (1995), de Aline França, e a HQ “Black Panther: who is the Black Panther?” (2014) do roteirista Reginald Hudlin e desenhista John Romita Jr.

Ano: 2016 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Daniela dos Santos Damasceno
Autor Correspondente: Daniela dos Santos Damasceno | danisrad2014@hotmail.com

Palavras-chave: Literatura Negra, Fabular, Diáspora, Utopia, Heróis negros.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Por muito  tempo  a  literatura  brasileira  esteve  ligada  as  ideologias  dominantes  e  privilegiadas. Desta  forma,  na  sua  maioria,  as  produções  literárias  brasileiras  proliferaram  estereótipos  e  mitos  que contribuíram  para  reprodução  da  imagem  negativa  do  negro  e  da  sua  cultura.  No  entanto,  constituindo-se inversamente às ideologias europeias, a literatura negra surge como forma de (re) apresentar, (re) nomear, (re)  posicionar  e  representar  o  mundo  negro,  a  partir  de  um  eu  enunciador  que  fala  não  apenas  do  outro, mas também de si mesmo. A partir deste cenário, este artigo tem como objetivo analisar as fabulações da diáspora  que  revelam  o  desejo  de  construir  outro  mundo,  operando  por  utopias,  na  medida  em  que centraliza o homem negro e a sua (s) cultura (s), lançando um olhar ao que está posto e ao que poderia ser.  Portanto,  toma  como  base  o  método  comparatista  para  a  elaboração  de  possíveis  diálogos  entre  a  HQ “Black Panther: who is the Black Panther?” (2014), dos autores Reginald Hudlin e John Romita Jr, e o romance“Os Estandartes” (1995), de Aline França. Ademais, tenta identificar possíveis utopias presentes na  sociedade  dos  Fortiafri  e  no  reino  fictício  de  Wakanda,  propondo  uma  reflexão  acerca  da  reinvenção da(s) África(s) e da reparação histórica a todos os territórios e populações negras espoliadas pelo racismo e intolerância em todo o mundo.



Resumo Inglês:

For a long time Brazilian literature the dominant and privileged ideologies was linked. Thus, the majority  of  Brazilian  literary  productions  proliferated  stereotypes  and  myths  that  have  contributed  to  the negative  image  of  black  reproduction  and  culture.  However,  being  inversely  to  European  ideologies,  the black literature emerges as a way to (re) present, (re) name, (re) position and represent the black world, from a I annunciator talking not just another but also himself. From this scenario, this article aims to analyze the fabulations  of  the  diaspora  that  reveal  the  desire  to  build another  world,  operating  for  utopias  in  that  it centralizes the black man and his (s) culture (s), with a glance to what is laid and what could be. Therefore, builds on the comparative method for the preparation of possible dialogue between comics "Black Panther: who  is  the  Black  Panther"  (2014),  the  Reginald  Hudlin  and  John  Romita  Jr  authors  and  the  novel  "Os estandartes"  (1995),  Aline  France.  Moreover,  attempts  to  identify  possible  utopias  present  in  society  of Fortiafri and  in the fictional kingdom of Wakanda, proposing a reflection on the reinvention of the (s) Africa (s)  and  historical  reparation  to  all  territories  and  black  populations  dispossessed  by  racism  and  intolerance throughout the world.