O presente texto discute, a partir dos romances Confissões de Ralfo (1975) e Um romance de geração (1981), ambos de Sérgio Sant’anna, rupturas e continuidades que marcaram o período de “abertura política” no Brasil no que tange à produção de uma memória em torno da “geração 64”. Buscamos aqui sublinhar diferentes modos pelos quais a história é acionada na ficção de Sant’Anna – ora como conjunto de fatos, ora como narrativa de testemunhas. Esses diferentes modos, variantes conforme a época da escrita, sustentam-se sobre a continuidade da história percebida como instrutora pública e portadora de fins pedagógicos.
Este texto discute, a partir de las novelas Confissões de Ralfo (1975) y Um romance de geração (1981), ambas de Sérgio Sant'anna, rupturas y continuidades que marcaron el período de “apertura política” en Brasil en cuanto a la producción de una memoria en torno a la “generación del 64”. Aquí buscamos subrayar las diferentes formas en que la historia se activa en la ficción de Sant'Anna, a veces como un conjunto de hechos, a veces como una narración de testigos. Estos diferentes modos, variantes según el tiempo de escritura, se fundamentan en la continuidad de la historia percibida como pública instructora y portadora de propósitos pedagógicos.
The present text discusses, based on the novels Confissões de Ralfo (1975) and Um romance de geração (1981), both by Sérgio Sant’anna, ruptures and continuities that marked the period of “political opening” in Brazil regarding the production of a memory around the “64 generation”. We seek here to underline different ways in which history is activated in Sant’Anna’s fiction – sometimes as a set of facts, sometimes as a narrative of witnesses. These different modes, varying according to the time of writing, are based on the continuity of history perceived as a public instructor and bearer of pedagogical purposes.