Este trabalho promove algumas considerações estruturais e temáticas sobre a ficção africana contemporânea. A partir da abordagem comparada, foram analisadas três obras literárias representativas do continente: Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003) de Mia Couto, Hibisco Roxo (2011) de Chimamanda Adichie e Lueji: o nascimento de um império (2015) de Pepetela. As análises apontam para algumas questões extremamente importantes para se compreender as literaturas africanas, tais como os conflitos entre a modernidade e a tradição, o papel da mulher diante da religiosidade e o patriarcado e por fim, a releitura da história nacional como mecanismo de construção de identidades.