O presente estudo trata de laços familiares perdidos ou rompidos no decorrer da II Guerra Mundial e a tentativa de reconstrução desses fios familiares, acionando a Cruz Vermelha, por meio de cartas, como instituição mediadora, no pós-guerra. Parte-se do pressuposto de que no contexto pós-guerra, a Cruz Vermelha, como entidade internacional, foi uma das instituições que canalizou as demandas de famílias, especialmente do Leste Europeu, que perderam o contato com familiares, que supostamente emigraram para a América, muitos deles para o Sul do Brasil. Nesse artigo, no primeiro momento, delimita-se o tema e a fonte de estudo, em seguida, busca-se mapear os sujeitos e as suas demandas, expressas nas cartas endereçadas à Cruz Vermelha Brasileira, filial Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e, por fim, apresentam-se três estudos de caso. Portanto, essa escrita é uma primeira aproximação do tema e da fonte, suscita mais perguntas do que respostas.
This study addresses the lost or broken family ties during World War II and the attempt to rebuild them, turning to the Red Cross, via letters, as a mediator institution, during the post-war period. Based on the assumption that in the post-war scenario, the Red Cross, as an international entity, was one of the institutions that concentrated families’ demands, especially from the Eastern European ones, that lost contact with relatives, who supposedly emigrated to America, lots of them to the South of Brazil. In this article, at first, the subject and the source are set, then, the aim is to map the subjects and their demands, expressed in their letters addressed to the Brazilian Red Cross, Porto Alegre’s branch, in Rio Grande do Sul, and, at last, three case studies are presented. Therefore, this paper is a first ap-proach to the subject and the source, raising more questions than answers.