No pós-guerra, o conceito de estratégia e sua aplicação nas atividades empresariais tiveram um grande impulso, principalmente, porque a atenção estava voltada para as variáveis econômicas e competitivas. Neste perÃodo, a área de P&D assim como a de produção era tratada como áreas funcionais à s quais se atribuÃa decisões estratégicas para que fossem “implementadasâ€. A partir da década de 50, a tecnologia foi se transformando em uma força motriz, capaz de condicionar o futuro estratégico de uma organização pública ou privada.
Nas últimas décadas, grandes atenções têm sido dedicadas à gestão do processo de P&D e seu efeito na manutenção da vantagem competitiva, mas os impactos da tecnologia nas estratégias empresariais têm sido pouco reconhecidos. No entanto, em setores intensivos em tecnologia tais como o quÃmico, o farmacêutico ou o aeroespacial, esta é, com frequência, uma força motriz determinante do futuro estratégico da organização.
Do lado negativo, o não reconhecimento oportuno de uma substituição tecnológica iminente pode resultar em perda expressiva de participação no mercado nacional ou internacional. Por outro lado, a tecnologia pode servir como uma ferramenta importante e poderosa por intermédio da qual uma empresa ou paÃs pode conquistar e manter preeminência competitiva.
O reconhecimento da importância estratégica da tecnologia está aumentando, e, em muitos setores, as atividades de P&D cresceram a tal ponto de se transformarem num dos dois ou três itens mais representativos em termos de consumo de recursos financeiros das organizações.
A experiência mostra que o sucesso estratégico das empresas é sensÃvel a certas variáveis tecnológicas fundamentais comumente observadas em praticamente todo tipo de setor de base tecnológica. As organizações que reconhecem e geram essas variáveis tendem mais a ser bem-sucedidas do que aquelas que se deixam levar pela lógica do desconhecimento das mudanças tecnológicas. Neste sentido, os institutos de pesquisas estatais têm um importante papel de desenvolver e alavancar o aprendizado tecnológico por meio de processos de transferência da tecnologia para o setor privado.