Este artigo pretende refletir sobre o texto Die Prärie ('A pradaria'), escrito em 1997, pelo autor Zafer Åženocak. A dificuldade de encontrar uma categoria de gênero para enquadrar essa obra já indica sua preocupação central: a fragmentação da experiência existencial e do processo de percepção. Tendo esse foco em vista, a análise recairá sobre a fragmentação da pertença, de sentido e da própria narração, sofrida e encenada pelo protagonista Sascha, um homem de 35 anos de origem turca que vive na Alemanha. Na fragmentação de pertença ele aborda seu posicionamento entre diversos estratos culturais, especialmente a narração da nação. Na fragmentação de sentido, questiona o princÃpio teleológico para obtenção de finalidade existencial, incluindo também o amor como categoria desse discurso. Por fim, expõe uma narrativa fragmentada, com diversas esferas diegéticas e citações, com o objetivo de confundir o leitor e chamar sua atenção para o problema maior que reside nos conflitos Ãntimos.