O presente artigo visa mostrar que um dos argumentos de Frege contra o psicologismo, o argumento da comunicabilidade, pressupõe duas teses que implicam a possibilidade de uma linguagem privada, no sentido de Wittgenstein (uma linguagem que apenas uma pessoa pode entender), a saber, (1) que as representações mentais (Vorstellungen) são epistemicamente privadas e inalienáveis e (2) que para saber o que um termo geral significa, deve-se conhecer aquilo ao qual ele se refere.
The present article seeks to show that one of Frege’s arguments against the psychologism, the argument of the communication, presupposes two thesis that implicate the possibility of a private language, in the sense of Wittgenstein (a language that just one person can understand), to know, (1) that the mental representations (Vorstellungen) are epistemically deprived and inalienable and (2) that in order to know what a general term means, it is necessary to know what it refers to.