O presente artigo analisa as razões pelas quais não se vicejou, no contexto da gestão de das instituições culturais brasileiras, uma ativa cultura de filantropia individual e de constituição de fundos de endowments, tão presentes e relevantes para o financiamento e para estabilidade institucional das organizações culturais no Canadá e nos Estados Unidos. O artigo procura compreender o sistema de organização cultural adotado no Brasil, historicamente, bem como lançar luz sobre suas transformações mais recentes. Busca argumentar sobre os desafios que envolvem a criação de uma cultura voltada à sustentabilidade financeira de nossas organizações culturais, analisando experiências brasileiras recentes. O artigo também analisa a experiência inovadora da Ontário Arts Foundation, da ProvÃncia de Ontário, no Canadá, refletindo sobre como esta experiência pode ser útil ao debate de polÃticas públicas para a modernização da gestão cultural no Brasil.