Como as microalgas contêm uma grande variedade de componentes químicos e bioativos que podem ser utilizados na alimentação de animais, principalmente espécies destinadas à aquicultura, o presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento, compostos bioativos e a composição química da microalga marinha Dunaliella salina em dois meios de cultura: autotrófico (salino) ou mixotrófico (Conway). Assim, curva de crescimento, diâmetro celular, taxa de crescimento (k), produtividade (mg/L/dia), densidade celular máxima (DMC) e composição química foram avaliados através dos macro e micronutrientes e compostos bioativos. A D. salina em meio mixotrófico Conway teve uma fase exponencial mais precoce e maior DMC (23.500 células/ml), produtividade e taxa de crescimento (P < 0,05) do que o meio autotrófico salino (18.200 células/ml), embora o diâmetro celular da D. salina tenha sido maior (P < 0,05) em meio autotrófico (25,5 μm ± 2,65) do que em meio mixotrófico (21,25 μm ± 1,26). A biomassa de D. salina em meio mixotrófico obteve maiores valores (P < 0,05) de proteína (60,43%), nitrogênio (9,67 mg/g) e clorofila a (60,60 mg/L), enquanto o meio autotrófico proporcionou maiores valores de lipídios (6,93%), açúcares (8,09%), energia bruta (3955 kcal/kg), fósforo (8,40 mg/g), potássio (128,66 mg/g), magnésio (29,23 mg/g), zinco (8,23 mg/g), carotenóides totais (34,73 mg/L), vitamina C (87 mg/100g), polifenóis totais (81,00 mg/100 g), antocianinas (30 mg/kg) e flavonóides amarelos (45,30 mg/100g). O uso do meio autotrófico salino para a microalga D. salina foi uma alternativa viável ao meio mixotrófico Conway. Devido ao seu valor nutricional e perfil de compostos bioativos, a biomassa da microalga D. salina pode ser destinada à nutrição animal e humana.
Because microalgae contain a wide variety of chemical and bioactive components that can be used to feed animals, especially aquaculture species, the present study aimed to evaluate the growth, bioactive compounds and chemical composition of the marine microalga Dunaliella salina in two batch cultures: autotrophic (saline) or mixotrophic (Conway). Thus, growth curve, cell diameter, growth rate (k), productivity (mg/L/day), maximum cell density (MCD), and chemical composition were evaluated through the macro and micronutrients and bioactive compounds. The D. salina in mixotrophic Conway medium had an earlier exponential phase and higher MCD (23,500 cells/ml), productivity, and growth rate (P < 0.05) than autotrophic saline medium (18,200 cells/ml), although the cell diameter of D. salina was greater (P < 0.05) in autotrophic (25.5 μm ± 2.65) than in mixotrophic medium (21.25 μm ± 1.26). The biomass of D. salina in mixotrophic medium obtained greater values (P < 0.05) of protein (60.43%), nitrogen (9.67 mg/g), and chlorophyll a (60.60 mg/L), whereas autotrophic medium provided greater values of lipids (6.93%), sugars (8.09%), gross energy (3955 kcal/kg), phosphorus (8.40 mg/g), potassium (128.66 mg/g), magnesium (29.23 mg/g), zinc (8.23 mg/g), total carotenoids (34.73 mg/L), vitamin C (87 mg/100g), total polyphenols (81.00 mg/100 g), anthocyanins (30 mg/kg), and yellow flavonoids (45.30 mg/100g). The use of the autotrophic saline medium for the D. salina microalgae was a viable alternative to the mixotrophic Conway medium. Due to its nutritional value and bioactive compound profile, D. salina microalgae biomass can be destined to animal and human nutrition.