GRUPO DE CESSAÇÃO DE TABAGISMO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE/RS

Revista de APS

Endereço:
Campus Universitário UFJF
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Telefone: (32) 2102-3759
ISSN: 1809-8363
Editor Chefe: Maria Teresa Bustamante Teixeira
Início Publicação: 01/11/1998
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

GRUPO DE CESSAÇÃO DE TABAGISMO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE/RS

Ano: 2018 | Volume: 21 | Número: 1
Autores: Bruna Maria Krinsk, Daniel Demétrio Faustino-Silva, Margaret Schneider
Autor Correspondente: Bruna Maria Krinsk | brunakrinski@gmail.com

Palavras-chave: abandono do uso de tabaco, programa nacional de controle do tabagismo, atenção primária à saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: avaliar a frequência e tempo de cessação de tabaco em usuários que realizaram o Grupo de Cessação de Tabagismo em uma Unidade de Saúde de Porto Alegre/RS. Métodos: um estudo transversal, quantitativo, analítico, por meio da aplicação de um questionário com ex-participantes dos Grupos de Cessação de Tabagismo, realizados entre 2011-2014 da Unidade de Saúde SESC, Porto Alegre/RS. A entrevista foi composta por duas partes: a primeira com dados pessoais e socioeconômicos (sexo, idade, idade no momento do grupo, quantas pessoas moram na mesma casa, a renda total da casa), e a segunda sobre a cessação do tabagismo (se parou de fumar com o grupo, se voltou a fumar, se participou dos 4 encontros do grupo, pontos positivos e negativos do grupo). Resultados: trinta e oito pacientes foram entrevistados, 52,6% deles pararam de fumar com a ajuda do Grupo de Cessação, destes 50% seguem sem fumar e 100% deles participaram dos 4 encontros preconizados pelo INCA, essencial na cessação (p=0,001). Dos demais que não pararam de fumar (47,4%), apenas 33,3% participaram dos 4 encontros, 60,5% da amostra total usaram algum tipo de medicamento e a diferença entre o índice de Fagerström entre o grupo que parou de fumar e o que não parou não foi significativo. Dos pontos positivos do Grupo, a troca de experiências entre os membros foi o mais relevante, enquanto, no tocante ao ponto negativo, a curta duração do grupo e a falta de um grupo de manutenção tiveram destaque. Conclusões: o Grupo de Cessação de Tabagismo da Unidade SESC, na forma como está estruturado tem auxiliado os pacientes na cessação, uma vez que mais da metade dos participantes pararam de fumar. A participação nos 4 encontros do Grupo mostrou ser mais eficaz que o uso dos medicamentos. Algumas modificações podem ser feitas, para que cada vez mais os usuários consigam alcançar o objetivo esperado, sendo o Grupo de Manutenção uma estratégia possível, para aumentar o tempo de cessação, auxiliando na recaída.



Resumo Inglês:

Objective: evaluate the frequency and duration of tobacco cessation among users who took part in the Smoking Cessation Group at a Health Unit in Porto Alegre, RS. Methods: a cross-sectional, quantitative, analytical study that administered a questionnaire to past participants of Smoking Cessation Groups conducted between 2011-2014 at the SESC Health Unit, Porto Alegre, RS. The interview was composed of two parts: the first with personal and socioeconomic data (gender, age, age at the time of the group, number of people living in the same household, the total income of the household), and the second on smoking cessation (did they stop smoking with the group, did they go back to smoking, did they participate in the four meetings of the group, positive and negative points about the group). Results: thirty-eight patients were interviewed, 52.6% of them stopped smoking with the help of the cessation group, of these 50% continue not smoking and 100% of them participated in the four meetings recommended by the Brazilian National Cancer Institute (INCA), essential in cessation (p=0.001). Among the others who did not quit smoking (47.4%), only 33.3% participated in the four meetings. Among the total sample, 60.5% used some type of medication, and the difference in the Fagerström index between the group that stopped smoking and the group that did not stop was not significant. Among the positive points about the group, the exchange of experiences among members was the most relevant, while among the negatives the short duration of the group and the lack of a maintenance group stood out. Conclusions: we conclude that the Smoking Cessation Group of the SESC unit, in the way it is structured, has helped patients with cessation, since more than half of the participants stopped smoking. Participation in the 4 group meetings has proved more effective than the use of drugs. Some modifications can be made so that more and more users could reach the expected goal, with the Maintenance Group being a possible strategy to increase the duration of abstinence, helping against relapse.