Habitando as margens Patologização das identidades trans e a colonialidade do poder no Brasil

Cadernos de Gênero e Diversidade

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ISSN: 25256904
Editor Chefe: Felipe Bruno Martins Fernandes
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Habitando as margens Patologização das identidades trans e a colonialidade do poder no Brasil

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: J. N. M. Aguiar, V. G. P. Jesus
Autor Correspondente: J. N. M. Aguiar | junonedel@gmail.com

Palavras-chave: Patologização, Transgeneridade, Cisgeneridade, Branquitude, Colonialidade do Poder

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca investigar o processo de patologização das identidades trans no Brasil a partir do uso de cisgeneridade, branquitude e colonialidade do poder como categorias analíticas. Nesse sentido, propomos articular o conceito de sistema-mundo colonial a partir da ótica de um brancocistema-mundo, evidenciando como a colonialidade tanto agencia quanto é agenciada na imbricação histórica entre essas duas posições de poder. Ao longo do artigo, dedicamos nossa análise aos trabalhos de David Cauldwell (1949), que cunhou o termo “transexual”, e Harry Benjamin (1959), que popularizou este termo na década de 1950. Com isso, buscamos evidenciar que o paradigma patologizante da transgeneridade, ao mesmo passo em que vinculava a diversidade das identidades de gênero humanas às categorias diagnósticas, preconizando desde ali os tratamentos para a sua “cura”, também estabeleceu a cisgeneridade heteronormativa, branca, endossexual e capacitista como norma implícita de existência.