A arquitetura nos permite experimentar lugares que atravessam a dimensão do tempo de nossa existência. Por ser testemunho dos acontecimentos, modos de viver e de pensar de cada época, a arquitetura é naturalmente composta de partes construídas em diferentes momentos. Sua composição admite paradoxos: às vezes, deve e consegue permanecer estática e, às vezes, precisa admitir as mudanças que ocorrem na sociedade, acompanhando sua evolução. A preservação e a permanência dessa arquitetura têm hoje inúmeras maneiras criativas de contemplar o reuso do patrimônio arquitetônico. A heterocronia, ou seja, as alterações, são necessárias para a permanência da arquitetura, adequada às demandas de nosso tempo e ao seu entorno, num processo contínuo de vida de um conjunto maior – a cidade.