A HIGIENE BUCAL EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Revista Naval de Odontologia- Naval Dental Journal (ano 2018)

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ISSN: 0102-7506
Editor Chefe: Daniela Cia Penoni
Início Publicação: 31/10/1953
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Odontologia

A HIGIENE BUCAL EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Ano: 2018 | Volume: 45 | Número: 1
Autores: Teixeira R. F, de Oliveira S. P, Silva Jr. A, Agostini M, Ragon C. de S. T, Torres S. R
Autor Correspondente: Torres S. R | sandratorres@odonto.ufrj.br

Palavras-chave: Higiene Bucal, Unidades de Terapia Intensiva, Pneumonia, Saúde Bucal, Controle de Infecções.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste trabalho foi evidenciar através de uma revisão da literatura, a importância do cirurgião dentista no corpo clínico da unidade de terapia intensiva, destacando a necessidade do protocolo de higiene bucal para os pacientes internados, visando a prevenção dpneumonia associada à ventilação mecânica. Em pacientes internados, a microbiota bucal pode sofrer alterações e tornar-se mais virulenta. Patógenos bucais e da orofaringe aderidos no biofilme dental podem estar associados à ocorrência de pneumonia associada à ventilação mecânica. Os cuidados bucais em pacientes internados em unidade de terapia intensiva têm por finalidade promover a saúde bucal e diminuira incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica e outras doenças sistêmicas que estão relacionadas à colonização de patógenos na orofaringe. Dentre as doenças que podem apresentar complicações devido ao estado bucal estão as doenças cardiovasculares, pulmonares, hepáticas, renais, e obstrutivas crônicas. O principal objetivo da higiene bucal na unidade de terapia intensiva é promover diminuição da colonização da orofaringe e do biofilme dental, reduzindo a aspiração de saliva colonizada. A presença de uma equipe qualificada em saúde bucal na unidade de terapia intensiva e o uso da clorexidina a 0,12% contribuem para a redução do risco de pneumonia associada à ventilação mecânica. Atualmente não há um protocolo universal para a higiene bucal de pacientes internados em unidade de terapia intensiva, sendo necessários estudos adicionais para determinar a técnica mais eficaz de higiene bucal em pacientes hospitalizados nessas unidade.



Resumo Inglês:

The aim of this study was to highlight, through a review of the literature, the importance of the dentist in the multiprofessional team of an intensive care unit, emphasizing the necessity of an oral hygiene protocol, and this way help in the prevention of ventilator-associated pneumonia. In hospitalized patients, the oral microbiota may undergo changes and become more virulent. Pathogens of the oral cavity and oropharynx adhered to the dental biofilm may be to be associated with the occurrence of ventilator-associated pneumonia. Oral care in patients from intensive care unit aims to promote oral health and reduce the incidence of ventilator-associated pneumonia and other systemic diseases which are related to colonization of pathogens in the oropharynx. Among the diseases that may present complications due to oral status are cardiovascular, pulmonary, hepatic, renal, and chronic obstructive diseases. The aim of oral hygiene in the intensive care unit is to reduce the colonization of the oropharynx and dental biofilm, reducing the aspiration of colonized saliva. The presence of a qualified oral health team in the intensive care unit, and the use of chlorhexidine at 0.12% contribute to the reduction of the risk of ventilator-associated pneumonia. There is currently no universal protocol for oral hygiene of patients admitted to the intensive care unit, and additional studies are required to determine the most effective oral hygiene technique in intensive care unit patients.