O objetivo do presente artigo é apresentar
três desenvolvimentos da questão sobre a
relação entre mito e história que adotaram como
horizonte norteador a discussão realizada por Lévi-
Strauss. Para tanto serão utilizados os trabalhos dos
seguintes autores: Manuela Carneiro da Cunha,
Marshall Sahlins e Peter Gow. Demonstrando, com
isso, como esses desdobramentos contribuÃram para
lançar luz a alguns aspectos da teoria deste autor
que foram apenas vislumbrados em seus trabalhos.
O que salta à vista, e ao mesmo tempo diferencia
esses três autores de Lévi-Strauss, é que o problema
da inserção da temporalidade no pensamento mÃtico
é encarado a partir das ações das pessoas na vida
coletiva. Conferindo aos sujeitos a capacidade de
criação ou, se preferirem, a capacidade de invenção
da cultura, cujo processo nunca cessa de acontecer.