Historicizando o Teatro em Comunidade

Revista Nupeart

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ISSN: 2358-0925
Editor Chefe: André Carreira
Início Publicação: 01/09/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Historicizando o Teatro em Comunidade

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Maria Amélia Gimmer Netto, Márcia Pompeo Nogueira
Autor Correspondente: Maria Amélia Gimmer Netto | revistanupeart.ceart@udesc.br

Palavras-chave: teatro, comunidade, cultura.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Para  o  teatro  historicizante  todos  os  acontecimentos  cotidianos  são  significativos,  particulares  e  passíveis  de  indagação.  Eles  permitem  a  reflexão  sobre  o  comportamento  social  e  possibilitam  que  a  repre-sentação  se  torne  um  estímulo  ao  questionamento  da  realidade.  Se-gundo  Freire,  o  diálogo  verdadeiro  é  aquele  que  suscita  um  pensar  crítico,  percebendo  a  realidade  como  um  processo.  Esta  transfor-mação  permanente  da  realidade  implica  numa  transformação  so-cial,  pois  a  história  vai  se  fazendo  na  medida  das  ações  dos  homens  e  nas  relações  existentes  no  presente,  não  podendo  ser  vista  como  cristalização  de  experiências  passadas.  Para  Brecht,  as  ações  que  os  homens  nos  mostram  são  o  que  constituem  as  condições  históricas  de  uma  época.  As  relações  humanas  devem  ser  consideradas  efê-meras  e  o  teatro  deve  trabalhá-las  sob  esta  ótica.  Nosso  campo  de  experimentação  do  conceito  de  historicização  enquanto  instrumen-to  meto-dológico  em  teatro  e  comunidade  foi  a  peça  teatral  “Vida  Loka”,  criada  por  adolescentes  de  Nova  Esperança,  que  tem  como  protagonista a personagem Kely, uma típica adolescente da periferia. Através de perguntas estratégicas sobre as opções desta personagem, nos moldes propostos por Brecht, exploramos as relações entre a re-alidade  mostrada  nas  cenas  e  o  contexto  social,  político  e  histórico  em  que  está  inserida  a  comunidade  em  que  vivem  os  adolescentes.