Este texto tem como objetivo focar os mecanismos de construção da identidade germânica por parte da indústria cinematográfica estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que condenou o alemão a ser sinônimo de nazista. Fruto do "esforço de guerra" Aliado, a identidade atribuída aos "inimigos" germânicos infiltrou-se no tecido cultural, sendo que até hoje, nos momentos de tensão e crise internacional, são frequentes as referências aos alemães como contínuos tributários da ideologia hitlerista. Procedeu-se à análise de seis filmes considerados paradigmáticos para as produções posteriores, utilizando-se a metodologia proposta pelo antropólogo Massimo Canevacci.