O presente trabalho parte da perspectiva futurística na qual existe uma grande possibilidade de que enfrentemos novos totalitarismos em caso de continuidade do sistema de filtragem de conteúdo de maneira individual através de algoritmos. Para embasar tal hipótese, primeiramente foi dada uma definição de algoritmo e explicou-se como este funciona na filtragem individual de conteúdo. Depois, analisamos o conceito de ideologia em Hannah Arendt e enfatizamos como o processo de ideologização através de algoritmos tem nos conduzido para totalitarismos, já que, para a autora, toda ideologia contém elementos totalitários. Por último, propomos que o pensamento ético de Hans Jonas, no qual a responsabilidade deve servir como referência para escolhas que impactem o futuro, seja utilizado para a construção de algoritmos ou reflexões sobre o seu papel, para que estes evitem a formação de “bolhas ideológicas” e potencializem um ganho de perspectiva na obtenção de uma consciência livre.
The present work starts from a futuristic perspective in which there is a great possibility that we will face new totalitarianism in case of continuity of the content filtering made individually through algorithms. To support this hypothesis, a definition of algorithm was presented, and it was explained how it works in the individual content filtering. Then we analyzed the concept of ideology in Hannah Arendt and emphasized how the process of ideologization through algorithms has brought us closer to totalitarianism since, for the author, all ideologies have totalitarian elements. Finally, we propose that the ethical thinking of Hans Jonas, in which responsibility should serve as reference for choices that impacts future, be used for construction of algorithms or reflections on their role, so that we avoid the formation of “ideological bubbles” and enhance a gain of perspective in obtaining a free conscience.