Impacto do projeto mãe nutriz no vínculo mãe- bebê e no aleitamento materno em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Impacto do projeto mãe nutriz no vínculo mãe- bebê e no aleitamento materno em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Ano: 2022 | Volume: 59 | Número: Não se aplica
Autores: Lilayne Karla de Souza Araújo, Louise Nunes Assis Daameche, Rosana Maria Tristão, Karina Nascimento Costa,
Autor Correspondente: Karina Nascimento Costa | karinacosta@unb.br

Palavras-chave: ALEITAMENTO MATERNO, VÍNCULO AFETIVO, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL, PREMATURIDADE

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Avaliar se a permanência ou não de mães de recém-nascidos (RN) prematuros no hospital através do Projeto Mãe Nutriz (PMN) favorece o vínculo mãe-bebê e leva a uma maior adesão ao aleitamento materno.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal prospectivo, realizado em Unidade Terapia Intensiva Neonatal, que incluiu mães de RN com Idade Gestacional (IG) < 36 semanas e que participaram ou não do PMN. Foram avaliadas as condições sociodemográficas, do parto e a adesão ao aleitamento materno. O vínculo mãe-bebê foi quantificada com o Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ). A Análise Estatística foi realizada com os testes Qui-Quadrado, teste T e de Bartlett e considerado significante um p valor < 0,05.
RESULTADOS: Foram incluídas 42 mães. O período de afastamento do hospital foi pequeno: mediana: 1 dia e média: 1,96 (± 2,8) dias. Não houve diferença no PBQ entre o grupo de mães que permaneceu e o grupo que se afastou do hospital (7,56 e 6,2) p=0,49. Os bebês de mães que permaneceram no PMN necessitaram menos de fórmula infantil (p:0,058). A maioria das mães nos dois grupos considerou-se bem orientada quanto a amamentação e achava-se segura para manter o aleitamento após a alta hospitalar.
CONCLUSÃO: A pontuação do PBQ foi baixa em ambos os grupos demonstrando um bom vínculo entre as mães e os bebês. Como o período de afastamento foi pequeno a maioria das mães recebeu suporte da equipe de apoio ao Aleitamento Materno, o que pode ter favorecido à adesão ao aleitamento materno.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: To evaluate whether the stay of mothers of premature newborns (PN) in the hospital through the nursing mother project (NMP) favors the mother-baby bond and leads to greater adherence to breastfeeding.
METHODS: Prospective cross-sectional study, carried out in a Neonatal Intensive Care Unit, which included mothers of newborns with gestational age (GA) <36 weeks and who participated or not in the NMP. Socio-demographic and delivery conditions and adherence to breastfeeding were evaluated. The mother-baby bond was quantified with the Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ). Statistical analysis was performed using the Chi-square test, the T test and the Bartlett test and a p value <0.05 was considered significant.
RESULTS: Forty-two mothers were included. The period of absence from the hospital was short: median: 1 day and mean: 1.96 (± 2.8) days. There was no difference in PBQ between the group that remained and the group that left the hospital (7.56 and 6.2) p = 0.49. Babies of mothers who stayed in the nursing mother accommodation needed less infant formula (p: 0.058). Most mothers in both groups considered themselves to be well-informed about breastfeeding and felt safe to maintain breastfeeding after hospital discharge.
CONCLUSION: The PBQ score was low in both groups, demonstrating a good bond between mothers and babies. As the period of absence was short, most mothers received support from the breastfeeding support team, which may have favored adherence to breastfeeding.