Com o mercado consumidor cada vez mais exigente por cafés de qualidade superior e com as crescentes alterações ambientais que vem ocorrendo, ressalta-se a necessidade do aprofundamento nos estudos relacionados com técnicas de manejo, variabilidade genética, ambientes de cultivo, nutrição, qualidade dos grãos, entre outros. Nesse contexto, objetivou-se analisar as características físico-químicas de grãos de seis genótipos de cafeeiro arábica, cultivados com manejo irrigado e sequeiro. O experimento seguiu o esquema de parcela subdividida, em delineamento de blocos casualizados e com três repetições. O fator parcela consistiu em seis genótipos de cafeeiro arábica (Paraíso MG/H419-1, Catucaí 24-137, Sacramento MG1, Catuaí 144, Catucaí 2-SL e Oeiras MG-6851). O fator subparcela correspondeu a dois regimes hídricos (Irrigado e Sequeiro). Foram colhidas amostras de 3 L de café cereja em cada parcela experimental e, após a secagem, foram destinadas para classificação por peneiras, determinação da quantidade e tipos de defeitos, determinação de sólidos solúveis totais, pH e condutividade elétrica. A porcentagem de grãos chato graúdo foi a variável que possibilitou a formação de maior número de grupos de médias entre os genótipos, com cinco grupos no manejo irrigado e quatro grupos no sequeiro, indicando poder ser uma característica relevante para programas de melhoramento genético da espécie. O manejo irrigado ocasionou a observação de maiores números de defeitos nos grãos dos genótipos Oeiras MG-6851, Catuaí 144, Sacramento MG1 e Catucaí 2-SL. No geral, é evidente que o manejo hídrico foi capaz de implicar alterações nos atributos físico-químicos dos diferentes genótipos de cafeeiro arábica, onde o manejo irrigado favoreceu a ocorrência de maiores porcentagens de grãos chato e grãos chato graúdos, enquanto o manejo em sequeiro favoreceu menores quantidades de defeitos e maior teor de sólidos solúveis totais de alguns genótipos.