Analisamos, neste artigo, representações sobre a antiga cidade moderna
de Porto Alegre na busca de uma aproximação àquele imaginário. Partindo principalmente
das impressões dos cronistas e de referências históricas, realizam-se interpretações
a partir do conceito de cultura proposto por Geertz - em que os próprios
dados são entendidos como leituras relativas. Trata-se também aqui de observar as
tensões entre o “projeto moderno†idealizado (e em parte realizado) com imagens
e discursos que seguem outros caminhos e complexificam a interpretação histórica.
Salientamos, por outro lado, que um olhar de retorno ao moderno é uma necessidade para o entendimento da cidade contemporânea, na medida em que o discurso
que a projetou está em crise e outras lógicas reorganizam o imaginário atual.