O presente artigo é um estudo de caso que tem como objetivo colaborar com subsídios teóricos na investigação do processo de inclusão de uma criança com Paralisia Cerebral no ambiente escolar com uma perspectiva arquitetônica. Por observar que há poucos estudos sobre educação especial inclusiva com foco no suporte acadêmico e muitos, quando encontrados, direcionam-se para a parte fisioterápica quase que exclusivamente voltados para cadeirantes, estereotipando a Paralisia Cerebral como sinônimo de cadeira de rodas, visa este estudo de caso a contribuir sobre a ampliação da temática e a visibilidade das necessidades arquitetônicas no processo inclusivo. Foram feitas oito observações com uma criança de três anos, estudante da Educação Infantil de uma escola privada do Grande Recife. Os resultados indicaram que para ocorrer um processo de inclusão de crianças com Paralisia Cerebral no ambiente escolar se faz necessária uma modificação arquitetônica, adaptada às necessidades de cada aluno. Para que esse processo de inclusão ocorra, se faz indispensável a observação da rotina diária para identificação dos obstáculos arquitetônicos no ambiente escolar que essa criança possa encontrar e a partir disto transformá-los, proporcionando modificações, seja elas estruturais ou por utilização de recursos, que modifiquem essa barreira no objetivo de proporcionar a este aluno uma maior autonomia de suas atividades para que seja possível oportunizar uma vivência de sua rotina escolar de forma igualitária.