A história da pregação a respeito do Inferno é um exemplo eloqüente da complexidade hermenêutica dos textos da Escritura. Basta comparar a descrição dos tormentos eternos dos condenados que se tornou comum em determinadas épocas da Igreja, com a maneira extremamente sóbria, discreta e positiva com que o capÃtulo VII da “Constituição Dogmática, Lumen Gentium, sobre a Igrejaâ€, fala da escatologia cristã. Consultem-se os escritos recentes de eminentes teólogos sobre o assunto e ficará claro que a interpretação dos textos escatológicos da Escritura feita pelos manuais clássicos de teologia resulta hoje inaceitável e até escandalosa.