Inseminação artificial em felídeos

Revista Brasileira De Reprodução Animal

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Início Publicação: 31/12/1976
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina Veterinária

Inseminação artificial em felídeos

Ano: 2011 | Volume: 35 | Número: 2
Autores: A. Fontbonne, X. Levy, E. Fontaine, J. Y. Routier
Autor Correspondente: A. Fontbonne | afontbonne@vet-alfort.fr

Palavras-chave: inseminação artificial, gato, felídeos, gata.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A inseminação artificial em gatos domésticos e felídeos tem várias indicações. No gato, esta técnica substitui a reprodução natural quando as coberturas são mal sucedidas ou de difícil realização, além disso, auxilia geograficamente na permuta de sêmen contribuindo para aumentar a qualidade genética. Nos felídeos selvagens, esta técnica desempenha um papel complementar nos programas de conservação. Contudo, sua utilização é complexa. Inicialmente, há necessidade da indução do estro e ovulação. Geralmente isto é obtido por meio da utilização de gonadotrofinas que, infelizmente, induz a alguns efeitos indesejáveis, tais como, hiperestimulação ovariana. Nos machos, o sêmen geralmente é coletado por meio de eletroejaculação e este é submetido à congelaçãoAdicionalmente, a teratospermia, que é a produção de um grande número de espermatozóides com anormalidades morfológicas, é um problema específico que afeta os felídeos. Melhoresresultados são obtidos com a inseminação intrauterina. Durante muito tempo recomendava-se a laparoscopia para a realização da inseminação intrauterina em felídeos. Recentemente, novas técnicas que consistem na cateterização da cérvix através do canal vaginal foram desenvolvidas no gato e em algumas espécies de felídeos selvagens. De modo geral, o índice de sucesso da inseminação artificial em felídeos ainda é considerado modesto.



Resumo Inglês:

Artificial insemination in the domestic cat and in wild felids has several indications. In the cat, it may replace natural reproduction when matings are unsuccessful or difficult, and it may help to perform geographical exchanges of semen and therefore enhance genetic improvement. In wild felids, it plays a complementary role inside conservation programs. However, its use is complex. First, oestrus and ovulation have to be induced. This is most often obtained using gonadotrophins, which unfortunately may induce undesirable effects, like ovarian hyperstimulation. In males, the semen is generally collected by electro-ejaculation. It may be frozen. However, teratospermia, which is the production of numerous spermatozoa showing morphological abnormalities, is a specific problem affecting felids. Intrauterine inseminations give better results. For a long period, laparoscopy was recommended in felids to perform intrauterine inseminations. Recently, new techniques consisting of catheterizing the cervix through a vaginal access have been developed in the cat as in some wild felids species. Altogether, the rate of success of artificial insemination in felids remains moderate.



Resumo Francês:

L’insémination artificielle chez le chat domestique et les félidés sauvages répond à plusieurs indications. Chez le chat, elle peut notamment permettre d’aider la reproduction lorsque l’accouplement ne se produit pas ou difficilement et de favoriser les échanges géographiques de semence et donc un brassage et une meilleure sélection génétiques. Chez les félins sauvages, elle joue un rôle complémentaire au sein des programmes de conservation. Son utilisation est cependant complexe. L’oestrus et l’ovulation sont le plus souvent induits par l’emploi de gonadotropines qui possèdent cependant des effets indésirables, notamment un risque d’hyperstimulation ovarienne. La semence des mâles est généralement récoltée par électro-éjaculation. Elle peut être congelée. Néanmoins, un problème spécifique aux félins tient à la tératospermie, c'est-à-dire la production de nombreux spermatozoïdes porteurs d’anomalies morphologiques. L’insémination artificielle donne de meilleurs résultats lorsque la semence est déposée par voie intra-utérine. Pendant longtemps, la laparoscopie a été la technique de référence, mais récemment, des techniques de cathétérisme du col utérin par voie vaginale ont été mises au point, aussi bien chez le chat que chez certains félidés sauvages. Les résultats de l’insémination artificielle chez les félidés restent moyens.