Este artigo tem como objetivo analisar como as diferentes estratégias utilizadas pelo colonialismo belga para ocupação, exploração e espoliação do Estado Livre do Congo, nome recebido pela atual República Democrática do Congo entre 1885 e 1908, acabaram por influenciar os movimentos migratórios, sejam eles internos ou externos, na então colônia pessoal do rei Leopoldo II, da Bélgica. Utilizando a revisão bibliográfica como ferramenta metodológica, acabou-se por identificar que a aproximação da administração leopoldiana do modelo de mandato indireto, a centralidade da navegação fluvial no Estado Livre do Congo, a urbanização e a escassez de mão de obra produziram desdobramentos migratórios importantes no território.
This article aims to analyze how the different strategies used by Belgian colonialism for occupation, exploitation and plunder of the Congo Free State, a name received by the current Democratic Republic of Congo between 1885 and 1908, ended up influencing internal and external migratory movements, in the then personal colony of King Leopoldo II, of Belgium. Using the bibliographic review as the methodological tool, it ended up identifying that the approximation of the Leopoldian administration to the indirect rule model, the centrality of river navigation in the Congo Free State, the urbanization and the shortage of manpower produced important migratory developments in the territory.