Compreender de que forma as experiências dos jovens em torno de ações de cultura estimula sua formação e ação política, é o objetivo primeiro deste trabalho. Não há como entender a questão da juventude de forma independente de tantos outros fatores. Desta forma, a cidade e o cotidiano ganham relevância neste estudo, pois, é na cidade e nas relações cotidianas que a juventude se configura e estabelece suas redes de sociabilidade. Ser jovem é vivenciar experiências comuns em um determinado momento histórico, entendendo-a através de uma perspectiva geracional e compreendendo seu caráter histórico e dinâmico. Assim, é o ideal de ruptura com o status quo que move as ações cotidianas e são elas a aliança que se vislumbra neste trabalho, principalmente em relação às ações culturais inseridas na cotidianidade dos jovens. Quanto mais restrita for a mobilidade do jovem, menor será sua capacidade de questionamento e de vislumbrar possibilidades, o que interfere diretamente em suas formas de organização política.