O artigo realiza uma análise teórica sobre a relação escola, culturas juvenis e gênero, objetivando trazer para a arena da discussão os desafios do diálogo entre as juventudes e os demais sujeitos escolares, dada as contradições e tensões cotidianas preponderantes na relação escola e juventudes. Apresenta a intencionalidade de contribuir com referenciais teóricos para o entendimento das manifestações e estilos de vida das juventudes na perspectiva de demarcar as possibilidades de enfrentamento da invisibilidade das culturas juvenis na escola. Problematizamos sobre juventudes e sua cotidianidade na escola e registramos os elementos teóricos que perpassam a relação escola, culturas juvenis e a categoria gênero. O trabalho caracterizou-se como uma pesquisa bibliográfica. Destacou-se como predominante a natureza qualitativa da pesquisa. A análise e interpretação dos dados foram realizadas a partir de categorias definidas durante o estudo à luz do referencial teórico. A pesquisa foi norteada pelo método histórico dialético. Como resultados e aspectos conclusivos identificamos a necessidade da instituição escolar abrir campos ao entendimento das suas juventudes adotando a investigação e a escuta como ferramentas que possibilitem ao mesmo tempo a compreensão das identidades e do comportamento das juventudes, e, ainda atente-se para a necessidade de criar mecanismos que garantam maior visibilidade à s culturas juvenis. Em se tratando da categoria gênero e seu entrecruzamento com as expressões das culturas juvenis, destacamos que os marcadores culturais das juventudes podem estar associados aos papéis sociais de homens e mulheres, os quais recebem influências no âmbito das relações sociais que se dão na famÃlia, na escola e na sociedade em geral.