No cenário atual, o Estado que dominar as tecnologias sensíveis,
como o 5G, ganhará poder e passará a influenciar a política
internacional, e afetará sobremaneira a sociedade dos homens
nas relações socias e de trabalho, bem como da área de segurança.
Assim sendo, inovações tecnológicas disruptivas como as
LAWS (lethal autonomous weapons systems), poderão alterar,
sobremaneira, as formas conhecidas de conflitos armados e trarão
consigo questões para o campo da ética e da moral que carecem
de estudos sobre este novo contexto, uma vez que estas armas
podem impactar a sociedade de uma maneira sem precedentes.
Conquistas e avanços no campo da tecnologia são, ao mesmo
tempo, valorizados e temidos, nesse sentido, a criação de regras
que delimitem seu uso e em qual contexto serão usadas se fazem
necessárias para a manutenção de acordos e ordem entre os
Estados. As LAWS, devido ao seu aspecto autônomo, geram
ainda mais discussão sobre a necessidade de intervenção humana.
Deixar o poder de decisão a cargo de um sistema, principalmente
em uma situação complexa como no caso de conflitos armados,
é uma questão que requer um debate mais aprofundado que não
se restrinja a opiniões e quereres, mas seja científico e aborde
os pontos relevantes da utilização de tal tipo de armamento.