A assistência deve ser um instrumento de promoção de justiça social e enfrentamento às desigualdades históricas, no contexto da educação superior brasileira. Observam-se, por meio das práticas de sua implantação, os afetos e vivências (re)produzidos nesse âmbito. A presente proposta objetiva refletir, criticamente, a inserção da Política Nacional de Assistência, na universidade pública federal brasileira, seus afetos e vivências políticas. Para tanto, recorre à experiência profissional da Psicologia, nesse novo campo de atuação, a partir da perspectiva vigotskiana. Observa-se uma melhoria no nível de acesso, com a amplitude e a diversidade de estudantes na universidade, com os programas e ações governamentais, no período de 2001 a 2012. Desafios que, ainda, apresentam-se na sua permanência, obtenção de sucesso, vivência de afetos potencializadores, na superação da fragmentação dos campos de saber e de ênfase em ações compensatórias e assistencialistas. Conclui-se que demarcar as fragilidades econômicas pode reafirmar estigmas que se sobrepõem ao sujeito, ativo no estabelecimento de encontros afetivos e (com) vivências potencializadores. A Psicologia deve, portanto, refletir sobre as práticas emancipadoras desenvolvidas no contexto da política de permanência, a partir da concepção de sujeito ético-político, produzido por meio da apropriação e transformação das práticas culturais, mediadas nas relações sociais (com)partilhadas no processo histórico vivenciado.
Assistance should be an instrument for promoting social justice and coping with historical inequalities in the context of Brazilian higher education. Through the practices of its implementation, in this text the affections and experiences reproduced in this context are observed. The present proposal aims to critically reflect on the insertion of the National Assistance Policy, in the Brazilian federal public universities, moreover on its affections and political experiences. For this, it uses the professional experience of Psychology in this new field of action, from a Vygotskian perspective. The results show that government programs and actions improved the level of access, with the breadth and diversity of students in the university from 2001 to 2012. However, there are challenges that remain in their permanence, as well as in obtaining success, experiencing potential affections, overcoming the fragmentation of fields of knowledge, as well as of emphasis on compensatory and welfare actions. The results also show that to single out the economic fragilities can reaffirm stigmas that dim the subject as an active individual in the establishment of affective encounters and empowering (co-)existences. Psychology must, therefore, reflect on the emancipatory practices developed in the context of permanence politics, based on the conception of ethical-political subject, produced through the appropriation and transformation of cultural practices, mediated in the social relations (co-)allocated in the process historical experience.