A LINGUAGEM PROSAICA DA POESIA CABRALINA

Revista Ecos

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Editor Chefe: Agnaldo Rodrigues da Silva
Início Publicação: 31/12/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

A LINGUAGEM PROSAICA DA POESIA CABRALINA

Ano: 2012 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Lenise dos Santos Santiago
Autor Correspondente: L. S. Santiago | lssantiago@ufrnet.br

Palavras-chave: Discurso, poesia, imagem, linguagem e literatura.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir dos poemas Morte e vida Severina, O cão sem plumas e O rio, abordaremos os questionamentos estéticos da linguagem na obra de João Cabral provocados pela refinada tessitura poética, em que o poeta por uma solução estilística adota a linguagem prosaica como signo metafórico para dar voz ao rio. Nisto apresentando a poesia cabralina como um laboratório de linguagem em que no trabalho de construção e reconstrução o poeta constrói um rigoroso jogo de imagens cinematográficas como se fosse uma provocação ao leitor para que este possa deglutir a palavra, a linguagem, fazendo surgir o efeito sinestésico configurado através dos elementos: deserto, secura, rio e pedra.



Resumo Inglês:

Through poems as Morte e Vida Severina, O Cão sem Plumas and O Rio, a discussion will be carried out on the aesthetic questioning in the work of Joao Cabral de Melo Neto. Such questions are brought about by the precise poetic making in which the poet, on behalf of stylistic solutions, takes up a prosaic language as a metaphoric sign meant to give voice to the river. By doing so, Joao Cabral introduces his poetry as a language laboratory, in which, by way of a work of construction and reconstruction, he builds up a laborious performance of cinematographic images as a challenge posed for the readers to assimilate words and language. This gives rise to the synesthetic effects that are formed by elements such as the desert, dryness, river and stone. Keywords: Discourse, poetry, image, language, literature.