Métodos de barreira contra aerossol no manuseio da via aérea durante a pandemia da COVID-19: uma revisão de literatura

Revista de Saúde

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ISSN: 21792739
Editor Chefe: Paloma Mendonça
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Métodos de barreira contra aerossol no manuseio da via aérea durante a pandemia da COVID-19: uma revisão de literatura

Ano: 2022 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Gabriel Bernardo de Azevedo Leite, Ana Claudia zon Filippi
Autor Correspondente: Gabriel Bernardo de Azevedo Leite | gbernardoleite@gmail.com

Palavras-chave: COVID-19; Intubação orotraqueal; Aerossol; Equipamentos de Proteção.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A disseminação e contágio pelo coronavírus ocorre por meio de gotículas e aerossóis, sobretudo em técnicas invasivas de obtenção de via aérea como a Intubação orotraqueal (IOT). O presente estudo teve por finalidade comparar e avaliar a aplicabilidade dos métodos de proteção por barreira durante a realização da IOT e a tentativa de minimizar a dispersão de aerossóis nos ambientes de Terapia Intensiva. Foi realizada uma revisão de literatura procurando os primeiros artigos e simulações internacionais sobre o assunto. As secreções corporais assim como a respiratória podem ser aerossolizadas em gotículas ou partículas infecciosas contendo vírus. Diante disso, dispositivos como “Aerosol Box”, “Simple Drape”, “Drape Tent” e “Sealed Box” foram métodos formais de proteção do ambiente criados e testados em diferentes estudos. No Brasil, atualmente, não há norma técnica que viabiliza o uso de métodos de barreira, sendo desaconselhado o uso pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Portanto, foram produzidas simulações que testaram a maior parte dos dispositivos, analisando macropartículas e micropartículas, posições do operador, modo de dispersão das gotículas e confiabilidade dos métodos. Os resultados mostraram que a simulação dos dispositivos, sobretudo a “Aerosol box” conferiu mínima proteção do ambiente e do laringoscopista, e que a caixa totalmente fechada (Sealed Box), com pressão negativa parece, dentre todos os métodos, o mais promissor. O uso de EPI’s e limpeza do ambiente continuam sendo as formas mais eficazes de proteção, não justificando ainda, portanto, o uso regular de barreiras físicas durante a IOT.



Resumo Inglês:

Dissemination and contagion by the coronavirus occur through droplets and aerosols, especially in invasive techniques for obtaining the airway such as Orotracheal Intubation (OTI). The present study aimed to compare and evaluate the applicability of barrier protection methods during the performance of OTI and the attempt to minimize the dispersion of aerosols in Intensive Care environments. A literature review was carried out looking for the first articles and international simulations on the subject. Body as well as respiratory secretions can be aerosolized into infectious droplets or particles containing virus. Therefore, devices such as “Aerosol Box”, “Simple Drape”, “Drape Tent” and “Sealed Box” were formal methods of environmental protection created and tested in different studies. In Brazil, currently, there is no technical standard that makes the use of barrier methods viable, and the Brazilian Association of Intensive Care Medicine is not recommending them. Therefore, simulations were produced that tested most of the devices, analyzing macroparticles and microparticles, operator positions, droplet dispersion mode and method reliability. The results showed that the simulation of the devices, especially the “Aerosol box” provided minimal protection to the environment and the laryngoscopist, and that the totally closed box (Sealed Box) with negative pressure seems, among all methods, the most promising. The use of PPE’s and cleaning the environment continue to be the most effective forms of protection, not justifying, therefore, the regular use of physical barriers during IOT.