A inadequação do uso e do manejo das terras tem degradado os solos, acelerando o impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente, particularmente nas regiões semiáridas do Nordeste brasileiro. Partindo do pressuposto de que a erosão do solo é o efeito mais marcante da degradação ambiental, e que a cobertura da vegetação e a declividade do terreno são fatores determinantes importantes do processo erosivo, este trabalho teve como objetivo mapear a vulnerabilidade das terras da bacia hidrográfica do rio Taperoá. Foi utilizado o Ãndice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) de imagens de satélite para estimar o grau de cobertura da vegetação, expresso pelo Ãndice de biomassa da vegetação lenhosa (IBVL) e a base de dados SRTM para gerar o mapa de declividade. Com o software ERDAS foi gerada a imagem-Ãndice e com o SPRING os mapas de vegetação, declividade e vulnerabilidade. Os resultados mostram que o modelo simplificado de estimativa de risco de erosão (vegetação e declividade) apresenta resultados condizentes com as observações de campo e de trabalhos que apontam a principal área mapeada como de vulnerabilidade alta e muito alta, como área de grau grave e muito grave de desertificação da região do Cariri Paraibano. De um modo geral, devido à ocorrência do relevo plano e suave ondulado em 87% da área, a bacia apresenta um grau de vulnerabilidade baixo e muito baixo em 61,1% das suas terras.