Em diversas cidades brasileiras, o fenômeno da urbanização foi desenvolvido de maneira acelerada, intensa e não planejada, levando à ocupação de áreas inadequadas à habitação, como encostas declivosas e com solos de pouca estabilidade. Além de outras consequências, esse regime de ocupação, somado às condições climáticas adversas, favorecem a ocorrência de movimentos de massas, provocando danos patrimoniais e ambientais, além perdas de vidas humanas. Dessa forma, este estudo teve por objetivo mapear as áreassuscetíveis a movimentos de massa na bacia hidrográfica do rio Tejipió, em Pernambuco, devido às características físico-naturais e ao significativo índice de urbanização apresentados na região. A metodologia utilizada fundamentou-se na integração, em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), de fatores condicionantes a esse tipo de processo, sendo eles: geologia, geomorfologia, pedologia, cobertura e uso da terra, declividade e pluviosidade. Em seguida, foram atribuídos pesos a estes fatores, quanto ao grau de potencialidade a movimentos de massa, de modo que o produto final resultou em um mapa temático de suscetibilidade ao supracitado processo. Os principais resultados revelaram que 24,65 km² da bacia é representada por áreas altamente suscetíveis aos movimentos de massa, o que equivale a 28,10% da região, as quais apresentam uma combinação de fatores associados como elevadas hipsometria e declividade e solos argilosos. O mapeamento desenvolvido neste estudo compreende uma importante ferramenta que visa subsidiar o planejamento e a gestão do risco a fenômenos geológicos, permitindo a definição de medidas eficazes à prevenção, proteção e mitigação dos impactos negativos causados por movimentos de massa.
