O artigo analisa o papel que fotografias antigas de ambientes urbanos, atualmente consumidas em fanpages no Facebook, apresentam na construção de memórias coletivas nas cidades. A pesquisa se insere em uma perspectiva sobre novas formas de processamento social de memória em ambientes digitais, com enfoque nas dinâmicas das redes sociais. Para este estudo, foi selecionado um conjunto de interações que se deram entre os seguidores da fanpage “Maria do Resguardo”, dedicada à memória de Juiz de Fora (MG), em torno de uma única postagem em abril de 2016, que obteve mais de 24 mil visualizações. O post mostrava a fotografia de uma praça. Usou-se como método o conceito de dialogismo de Bakhtin para trabalhar as citações mútuas e antecipações discursivas, além de termos nos apoiado na etnografia voltada para meios digitais.