O texto apresenta o trabalho do Coletivo de Performance Heróis do Cotidiano, do Rio de Janeiro, destacando a performance “O banquete dos heróisâ€, baseada no texto “O banqueteâ€, de Platão. Partindo do princÃpio de que a arte da performance estabelece no ambiente urbano uma outra forma de vivência das dimensões do espaço e do tempo, conforme os conceitos de “estética relacionalâ€, de Nicolas Bourriaud e de “zonas autônomas temporáriasâ€, de Hakim Bey, o Coletivo retoma este texto, tanto para ouvir discursos atuais sobre o Amor, quanto para instaurar um espaço de convivência, onde a intimidade se manifesta no espaço público, de modo a fazer com que a criação artÃstica seja o lugar da geração de novas percepções e de novas formas de sociabilidade. Neste processo, a arte estabelece uma nova relação com o conceito de utopia, apontando para uma prática polÃtica da arte.
This paper presents the work of the Coletivo de Performance Herois do Cotidiano, by Rio de Janeiro, highlighting the performance "The heroes’ banquet," based on the text "The Banquet", by Plato. In the urbain environment, Performance art provides another way to experience the dimensions of space and time, as is pointing the concepts of "relational aesthetics" by Nicolas Bourriaud and "temporary autonomous zones" by Hakim Bey. Herois do Cotidiano reenacts the Plato’ text to listen to the present discourse about love and to create a space of conviviality where intimacy manifests itself in public space. Artistic creation is considered like a place of generation of new insights and new forms of sociability. In this process, art establishes a new relationship with the concept of utopia, pointing to a political practice of art.