O artigo propõe uma reflexão crÃtica sobre o momento atual de desenvolvimento da construção do Sistema Único de Saúde, tendo como referência os princÃpios propostos pelo movimento da Reforma Sanitária Brasileira, particularmente os compromissos democráticos em relação ao direito à saúde e à construção do sistema e de suas polÃticas e à transformação das práticas de saúde e do modelo tecnoassistencial. São analisadas as maneiras predominantes de organização da atenção, de fazer polÃticas de saúde e de enfrentar os desafios do processo de trabalho em saúde. Defende-se a idéia de que uma radicalização democrática, que possibilite a participação ativa e efetiva de gestores municipais, trabalhadores e usuários na construção do SUS, é indispensável para a consolidação do sistema e da saúde como direito cidadão.
This article presents a critical reflection on the current situation of the development of the Brazil's Single Healthcare System (SUS – Sistema Único de Saude), by referring to the Brazilian Healthcare Reform Movement's principles, particularly as concerns the democratic commitments to the right to healthcare, the construction of the system and its policies, and the transformation of healthcare practices and of the technical care model. It analyzes the predominant ways in which care is organized, healthcare policies are designed and the challenges of healthcare work are faced. It supports the idea that democratic radicalization, enabling active and true participation of municipal administrators, workers and users in the construction of the Single Healthcare System, is indispensable for consolidating the system and healthcare as one of the rights of all citizens.
El artÃculo propone una reflexión crÃtica respecto al actual momento de desarrollo de la construcción del Sistema Único de Salud, tomando como referencia los principios propuestos por el Movimiento de la Reforma Sanitaria Brasileña, particularmente en lo que respecta a los compromisos democráticos con relación al derecho a la salud y a la construcción del sistema y de sus polÃticas, y a la transformación de las prácticas de salud y al modelo tecnoasistencial. Son analizadas las maneras predominantes de organizar la atención a la salud, de producir polÃticas de salud y de enfrentar los retos impuestos por el proceso de trabajo en salud. Se defiende la idea de que es necesaria una radicalización democrática, que posibilite la participación activa y efectiva de los gestores municipales de salud, de los trabajadores y usuarios en la construcción del SUS, como condición indispensable para su consolidación y el derecho ciudadano a la salud.