O livro “Não vãonos matar agora”, escrito por Jota Mombaça e publicado em 2021, convida o leitor a refletir e problematizar questões que estão presentes na sociedade brasileira e em todo o mundo. É o primeiro livro da autora publicado no Brasil e é o primeiro título da coleção chamada Encruzilhada, coordenada por José Fernando Peixoto de Azevedo, que, por meio de diversos autores, vai trazer um debate sobre temas contemporâneos como antirracismo, feminismo e anticolonialismo.Jota Mombaça é uma jovem de 20 anos que nasceuem Natal -RN e, atualmente, trabalha e vive entre Fortaleza, Lisboa e Berlim. É uma artista e escritora brasileira que trabalha com poesia, teoria crítica e performance. Faz estudos acadêmicos em torno das teorias sobre gênero, giro decolonial, justiça anticolonial, redistribuição da violência, ficção visionária e produções de conhecimentos do sul-do-sul globalizado. Seus trabalhos abordam, especialmente, temas como as relações entre monstruosidade e humanidade, crítica colonial e tensões entre ética, estética, arte e política nas produções de conhecimentos.A partir da coletânea de textos que compõe a obra, apresenta críticas ao modo de atualização da violência sistêmica da branquitude e do fundamentalismo cisgênero, e aponta horizontes que vislumbram a importância de existir em meio às feridas deixadas pelo colonialismo. Além disso, busca repensar o mundo como o conhecemos, afirmando a potência de corpos e “corpas” que resistem às adversidades e às violências de um sistema de controle que tenta inutilmente rotulá-los, negá-los e capturá-los, propondo alternativas para que aconteçam transformações rumo ao novo.